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Trata-se de um Projeto criado por Adriana Schlabendorff para ajudar pessoas dentro do espectro do autismo através da arte. A partir da experiência com seus filhos, percebeu a importância da arte no tratamento do TEA. Ao introduzir mediadores artísticos em vários momentos das terapias, foi observado resultados surpreendentes no aumento do repertório e de habilidades. A intervenção artística criou um espaço seguro e livre para que pudessem entrar em contato com suas emoções e estados psíquicos, possibilitando a descoberta de dons, até então, desconhecidos.

 

Rabiscos e desenhos, modelar sucata, pintar uma tela, realizar colagens, criar esculturas são atividades relacionadas ao pensamento e à adoção de uma postura crítica no que concerne a realidade. Essas ações dão a oportunidade não só de observar o processo de concepção de uma idéia, mas também de materializar esse pensamento com as mãos.

 

As pessoas dentro do espectro do autismo têm uma capacidade extraordinária de pensar visualmente, ou seja, através de imagens. Muitos utilizam essa habilidade para processar memórias e se relacionar com o mundo. Nesse sentido, as artes visuais têm uma importância ainda maior, pois abrem um espaço de expressão e significado, de deságue das emoções, de conexão consigo e com o outro, onde se estimula a linguagem de um modo intuitivo e lúdico.

 

Misturar a arte com o processo terapêutico é uma maneira envolvente para o engajamento nas atividades. Ela desenvolve diversas habilidades cognitivas, motoras e sociais. Além disso, ao observar sua obra por diferentes ângulos, se torna mais fácil para o indivíduo aprender a aplicar isso em outros contextos e visualizar algumas situações cotidianas de forma menos rígida.

 

A arte possibilita o uso da expressão não verbal e oferece novas experiências sensoriais. Isso traz às pessoas com autismo uma maior consciência, ampliando a percepção do mundo ao seu redor, além de potencializar talentos e aumentar a autoestima.

 

A pintura, em especial, é um ótimo mediador artístico para pessoas dentro do TEA, pois é uma técnica diluidora, de flexibilidade e não controle. No diálogo com a imagem, o artista se relaciona principalmente com a cor em detrimento da forma, onde são acessados sentimentos, emoções, sensações, afetos. Cada cor tem uma potência, uma vibração e provoca um impacto específico, que é muito particular para cada indivíduo. As cores têm a capacidade de agir como um estímulo sensorial e psíquico.

 

Além disso, a arte possibilita um lugar de protagonismo às pessoas dentro do espectro, que em muitas situações são menosprezadas pelo capacitismo e preconceito de uma sociedade ainda pouco inclusiva. Ela também abre espaço para a valorização da sensibilidade dos autistas e para conquistas pessoais, profissionais e financeiras, colaborando para a autonomia e independência.

 

O profundo amor e respeito pelos indivíduos com TEA é o que inspira esse trabalho. O aprendizado com seus filhos e com todos os autistas, a troca de afeto e vida com pessoas que ensinam tanto sobre resiliência, sensibilidade e sabedoria alcançam um infinito que não cabe em palavras. Fica sempre a gratidão por compartilharem o seu olhar para si, para o mundo, para as nuvens... e o agradecimento pelo privilégio de aprender novas perspectivas através dos seus olhos.

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© 2020 by Adriana Schlabendorff Gal. 

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