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BIOGRAFIA

 

Adriana Schlabendorff nasceu em 02 de fevereiro de 1975 na cidade de Porto Alegre (Rio Grande do Sul, Brasil). Iniciou cedo na Pintura, por influência de sua tia, uma excelente pintora figurativa. Foi com ela que aprendeu noções básicas sobre preparação de tintas, cores, telas, tipos de pincéis, espátulas etc. Já nos seus primeiros trabalhos se interessou pela pintura abstrata.

 

Em paralelo ao universo da Pintura, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) em 1998. Logo após a colação de grau, mudou-se para São Paulo para realizar seu Doutorado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), que foi concluído em 2004 com a defesa da sua Tese, tendo sido aprovada com louvor e indicação de publicação. Aos 24 anos foi convidada para lecionar em várias Universidades em São Paulo e a trabalhar em escritórios de advocacia, cumprindo ambas as funções por mais de 15 anos. Aprofundou-se também no estudo da História da Arte, da Psicanálise e da Gestalt Terapia, atuando como Mediadora de Conflitos. Todos esses compromissos profissionais acabaram por sufocar a Pintura em sua vida, de modo que permaneceu por muitos anos sem pintar.

 

Tornou-se mãe em 2011 com o nascimento de seu primeiro filho Lorenzo (algo que sempre sonhou). Em seguida em 2013, nasce seu segundo filho, Bernardo e em 2014 nasce sua filha caçula Clara.

 

Em 2013, seu filho Lorenzo foi diagnosticado com Autismo. Esse fato mudou profundamente sua vida. Para ajudá-lo, se desligou de todas as Universidades que lecionava e do escritório de advocacia. Passou a dedicar-se à família em tempo integral e ao estudo do Autismo para auxiliar no tratamento de seu filho. Fez muitos Cursos, dedicando-se com total entrega ao tema. Em 2017, seu filho Bernardo também foi diagnosticado com Autismo, de modo que sua dedicação à pesquisa do TEA e à busca do melhor apoio aos seus filhos foi ainda maior.

 

Em 2018, quando teve a certeza de que seus filhos estavam se desenvolvendo bem e estava segura com a Equipe Terapêutica que havia formado, sentiu que era o momento de retomar sua vida profissional, dedicando-se unicamente à Mediação, visando trabalhar a parte subjetiva dos conflitos. Não encontrava mais sentido em voltar à rotina dos escritórios de advocacia. As experiências intensamente vividas, no período de seu afastamento, a transformaram visceralmente. Já não era a mesma, não cabia mais naquele formato. O olhar mudou, as perspectivas se ampliaram, os valores se modificaram.

 

Nesse mesmo ano, em uma tarde de domingo, tomada por um ímpeto incontrolável, pegou sua caixa com pincéis e tintas antigos, esquecida há mais de 10 anos, e pintou de modo catártico uma das paredes do seu apartamento. Foi como voltar a respirar e, desde então, nunca mais parou. Pintar trouxe vida, ressignificação e conexão com sua essência.

 

A partir de 2023, passou a dedicar-se exclusivamente à Pintura e ao seu Projeto Social arTEAndo, que busca ajudar pessoas com Autismo através da arte. 

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É uma artista que se destaca no processo da não figuração poética graças à singularidade da sua percepção artística. A intensidade emocional aparece em cada pincelada, na escolha das cores, na infinidade de texturas e camadas, no espaço, no gesto. Todos são potentes sinais de significado e sentimento, usando os dedos, as mãos, pincéis, espátulas, resina, espremendo a tinta na tela. O tamanho e a fluidez dos gestos indicam um rigor físico e senso de urgência. É possível inferir que a artista, ao pintar determinadas telas, experimenta uma sensação apurada de liberdade e liberação, do tipo que é alcançado tensionando a mente e o corpo até o limite de suas possibilidades.

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Autodidata e com uma entrega visceral à pintura, tudo o que ela traz em si é o encontro com o mundo, o encontro com as pessoas, com ela mesma e as mudanças ao seu redor. Através da linguagem pictórica utilizada pela artista esses devires são apresentados, expostos em tela ou papel, abertos a uma infinidade de contatos e experiências com o espectador.

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A não figuração poética de Adriana conta com o gesto orgânico, fruto de uma memória involuntária, o encontro de sensações do presente com o passado. A artista consciente das produções artísticas já realizadas faz escolhas pré-picturais. Contudo durante o pintar há um momento onde o que resta é confiar no espontaneidade de cada pincelada, no assombro e deleite das cores surgidas, na falta de controle inerente ao material. Espontaneidade, no entanto, que será editada: acolhida, transformada ou rejeitada. Todo esse processo, afasta o risco de criar uma pintura não figurativa decorativista ou a-pictural. Mas não afasta necessariamente a desordem ou o caos. Há um espaço onde o fio condutor é inconsciente.

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A artista tem uma forte ligação com a poesia, que aparece não só nas telas, mas no que escreve sobre elas, como uma dica oferecida ao espectador, aponta uma direção para o início de suas leituras. Desejo, pulsão e fúria se misturam às tintas em cada trabalho, realizados principalmente em óleo sobre linho. As sobreposições de cores transmitem uma emoção após a outra. Tudo está em suas obras. Sol, lua, luz, escuridão, e então doçura e ternura, e logo mais alegria e dor. Quem sabe observar não pode deixar de se encantar por uma emoção atemporal. Há sempre uma espécie de catarse que se conecta com a subjetividade do espectador.

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© 2020 by Adriana Schlabendorff Gal. 

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